Cruzeiro rebaixado para Série B do Brasileirão em meio a bastidores tumultuados e falta de tato dos líderes do elenco. Maior ídolo da equipe saiu da má ambiente.
O antigo defensor Edilson expôs algumas rusgas nos bastidores da má convivência de boa parte do plantel do Cruzeiro de 2019 com o treinador Rogerio Ceni.
Em meio aos desafios enfrentados, as desavenças e conflitos entre os jogadores e o técnico resultaram em constantes atritos, prejudicando o desempenho da equipe em campo.
Rusgas e Desentendimentos no Cruzeiro: A Passagem Conturbada de Rogério Ceni
Naquele ano, a Raposa foi rebaixada para a Série B do Campeonato Brasileiro e teve o ídolo do São Paulo como treinador por apenas 46 dias, que foram suficientes para que rusgas fossem criadas e piorassem ainda o tumultuado ambiente no time mineiro. Em entrevista ao programa ‘Sem Filtro’, do diário Zero Hora, Edilson contou que a decisão da escolha da contratação de Ceni para o Cruzeiro passou pelos principais líderes do elenco. Porém, o dia a dia não foi como o imaginado. Segundo o lateral, muito por conta da falta de tato do técnico com ‘medalhões’.
‘Não me dei muito bem e nem me dou até hoje com o Rogério Ceni. Como jogador, um dos maiores goleiros da história do Brasil, o maior ídolo da história do São Paulo. Tenho um respeito muito grande pela história dele como jogador, mas na chegada dele ao Cruzeiro não nos demos muito bem’, admitiu Edilson.
‘A gente faz uma reunião com o diretor, que estava meio em dúvida de quem ia trazer. Eu, Fábio, uns seis ou sete jogadores falamos: vamos trazer o Rogério Ceni, está fazendo bom trabalho no Fortaleza, um cara jovem, que teve experiência grande e pode nos ajudar muito’. Para Edilson, os problemas de Ceni com o elenco começaram logo na estreia do treinador.
‘No primeiro jogo dele, a gente venceu o Santos em casa por 1 a 0, aí ele me dá uma coletiva falando que o time estava muito velho, que ia fazer algumas trocas. Não tem necessidade de fazer isso. Pode fazer as mudanças, mas não expor que o time está velho. O time em si era muito bom. Achei que ele começou errando’.
Porém, foi um outro episódio, envolvendo o ex-centroavante Fred, que colocou pelo ralo toda e qualquer oportunidade de sucesso da equipe sob o comando de Ceni. ‘No outro dia a gente pede uma reunião com ele, aí fui eu, Fábio, Ariel (Cabral), Henrique, Léo, Egídio, Robinho, Fred e Thiago Neves. A gente tentando falar para ele o seguinte: Rogério, você pode fazer todas as mudanças, só não expõe a gente. A gente quer se ajudar junto para sair dessa situação, não criar mais tumulto. Cada um falou um ponto’.
‘Aí o Fred falou: eu tenho 35 anos, mas já tenho 19 gols na temporada, então não é questão só de idade. O Rogério falou: ‘Calma, calma, 19 gols? 15 no Mineiro né?’. No meio da reunião. Aí é f* e já deu uma quebrada no grupo. Estava começando e já quebrou ali’.
Por fim, Edilson revelou qual foi o episódio que o fez romper relações com o treinador. O fato ocorreu às vésperas da semifinal da Copa do Brasil daquele ano, diante do Inter, no Beira-Rio. Ceni optou por improvisar o meio-campista Jadson na lateral direita ao invés de colocar o experiente nome da posição. Irritado, Edilson contou que tentou conversar com Ceni quando a delegação voltou a Belo Horizonte. No entanto, uma atitude final do treinador fez com que ambos rompessem qualquer tipo de contato, fazendo com que o lateral não fosse sequer relacionado para partidas da Raposa.
‘Cheguei e falei: Rogério, nosso time está na zona de rebaixamento, uma puta situação ruim, mas nosso grupo é bom. Aconteceu.
Fonte: @ ESPN
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