Universidades e institutos federais pedem R$ 124 mi para reconstruir infraestrutura afetada pelas enchentes, com apoio à alimentação escolar.
À medida que o Estado do Rio Grande do Sul planeja estratégias para reconstruir a região, as instituições de ensino superior e universidades federais estão calculando os danos causados pelas enchentes. Considerando o cenário otimista – de acordo com projeções da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) -, a educação superior no Rio Grande do Sul deve se recuperar completamente em um ano.
Enquanto isso, os esforços para restaurar a infraestrutura do ensino superior seguem em andamento, com foco na reconstrução das áreas afetadas pelas enchentes. A comunidade acadêmica e as autoridades locais estão unindo forças para garantir que a qualidade da educação superior seja restabelecida o mais rápido possível, visando o retorno à normalidade e à excelência acadêmica.
Ministério de reestruturação em prédio de banco público em Porto Alegre
O Imposto de renda: doações para o RS ultrapassam R$ 35 milhões, demonstrando a solidariedade da população. Porto Alegre ainda enfrenta os desafios das enchentes, com centenas de carros submersos, uma cena que impacta a cidade. Na última quinta-feira (23), o governo federal anunciou um novo crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão para ações de apoio e reconstrução no Rio Grande do Sul.
A infraestrutura das instituições de ensino superior foi afetada pelas enchentes, exigindo medidas de recuperação imediatas. Mais de R$ 22 milhões serão investidos em limpeza, manutenção e reconstrução dessas instalações, visando garantir um ambiente adequado para o ensino superior.
A expectativa da Associação é que esses recursos sejam suficientes para restabelecer a normalidade das atividades acadêmicas. No entanto, daqui a alguns meses, pode ser necessário um novo aporte financeiro para garantir a plena recuperação das universidades.
Os repasses anteriores, destinados ao apoio à alimentação escolar e à reforma de escolas, foram fundamentais para minimizar os impactos das enchentes. No entanto, os valores liberados ainda não atendem totalmente às necessidades das instituições de ensino superior.
De acordo com um levantamento realizado pela CNN, as universidades federais do Rio Grande do Sul calculam precisar de R$ 124,3 milhões para retornar ao estado anterior às enchentes. Essa demanda inclui diversos aspectos, desde a reconstrução de prédios até o suporte aos estudantes afetados.
A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) é a única que ainda não solicitou verba adicional, pois seus campi não foram afetados pelas chuvas. Enquanto isso, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estima um orçamento de R$ 40,1 milhões para reconstrução, considerando a extensão dos danos causados.
A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) já adiantou seu levantamento e prevê um investimento de R$ 12 milhões para recuperar suas estruturas danificadas. O reitor da instituição alerta para a urgência dessas obras, destacando a necessidade de apoio do governo para evitar um colapso futuro.
Os custos previstos para as reformas são significativos: R$ 2,5 milhões para os telhados, R$ 1 milhão para o sistema pluvial e mais R$ 1 milhão para auxílios aos estudantes. O restante será direcionado para melhorias estruturais e ações de limpeza, visando garantir um ambiente seguro e propício ao ensino superior.
Diante do cenário de degradação das universidades ao longo dos anos, o reitor destaca a necessidade de um investimento contínuo e efetivo por parte do governo federal. A recuperação das estruturas é essencial para preservar o ensino superior e garantir o futuro acadêmico dos estudantes.
Fonte: © CNN Brasil
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