Ex-presidente do Flamengo enfrenta atual vice-presidente em disputa de perfis falsos em redes sociais.
A disputa entre Eduardo Bandeira de Mello, ex-líder do Flamengo e agora parlamentar no Rio de Janeiro, e Rodrigo Dunshee, vice-presidente jurídico e geral do time carioca, devido a insultos proferidos por um perfil fake, teve desenvolvimentos legais recentes. A polícia está investigando se Dunshee é o responsável pela conta com o pseudônimo ‘Roberto Dodien’ que atacava Bandeira no Twitter desde 2021.
Novos desdobramentos no embate judicial entre os dois envolvendo o perfil falso agitam os bastidores do Flamengo. A suspeita sobre a conta ‘Roberto Dodien’ e sua relação com Dunshee promete trazer à tona mais revelações sobre a polêmica virtual que vem se arrastando desde o ano passado.
Perfil Fake: Conta Falsa Dispara Críticas em Redes Sociais
Além disso, o perfil fake também disparou críticas a membros da oposição, torcida e até aliados políticos da atual gestão. Dunshee, por outro lado, sempre negou ser dono de tal perfil. A ESPN obteve a petição onde a defesa de Eduardo Bandeira de Mello aponta que a conta falsa que o criticava nas redes sociais foi criada no dia 21 de junho de 2021 em um IP (Endereço de Protocolo da Internet) que pertence a uma academia chamada KS, localizada em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro. O local tem Dunshee como um dos clientes. A informação foi divulgada primeiramente pelo site Mundo Rubro-Negro. A reportagem ESPN teve acesso aos documentos que mostram o cadastro de Dunshee como cliente da academia tanto na data da criação da conta, em 2021, como da postagem realizada dois anos depois. Além disso, Bandeira e seus representantes apresentaram um documento no qual a operadora Claro atesta que a conta fake estaria conectada no IP da academia. No documento obtido pela ESPN, a defesa do ex-presidente rubro-negro indica que Dunshee esteve no local no dia 12 de maio de 2023, data da postagem ofensiva, e em horário próximo às publicações feitas pela conta fake direcionadas ao ex-presidente do Flamengo. Dunshee teria ingressado no local através de biometria facial às 10h27. Dunshee se defende e alega perseguição política. Procurado pela reportagem, Rodrigo Dunshee se manifestou e voltou a negar as acusações. ‘Já me posicionei. Não é minha a conta e não existem provas nem da autoria, nem da suposta ofensa. Não sei se veio da academia e da administradora de imóveis. Não está provado. Esta é a opinião de quem quer criar uma narrativa política e eleitoral’, disse o dirigente. Dunshee foi intimado a depor e, através de uma petição, se defendeu das acusações de Bandeira alegando perseguição política. Atualmente vice-presidente jurídico e geral do Flamengo, Dunshee é candidato da situação para a eleição do clube carioca, marcada para o fim do ano. Ele é apoiado por Rodolfo Landim, atual presidente do Flamengo e desafeto de Bandeira de Mello. Ex-presidente do Flamengo de 2013 a 2018, Eduardo Bandeira de Mello ainda não decidiu se será candidato à presidência. Em entrevista ao canal ‘Fala, João’, o ex-dirigente afirmou que não apoia Rodrigo Dunshee, nem Luiz Eduardo Baptista, o BAP, que rompeu com a situação para virar oposição dentro do clube. Questionado sobre a eleição, Bandeira preferiu não cravar se será candidato, mas afirmou que recebe muitos pedidos para voltar como presidente. ‘O grupo de pessoas ligadas a mim ainda não apresentou um candidato. Muita gente, amigos nossos inclusive, estão insistindo para que eu seja o candidato. Acho que vamos ter que tomar uma decisão em algum momento que vai ter que ser refletida em todos os aspectos. E, com certeza, o Flamengo precisa de uma candidatura de alguém que tente resgatar nossos princípios e valores de profissionalismo, de impessoalidade, de rejeição a qualquer tipo de conflito de interesses, vaidades, interesses pessoais’.
Fonte: @ ESPN
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