Relatório do Banco Mundial: Trabalho doméstico e violência contra a mulher afetam globalmente desigualdade economica, oportunidades, PIB, desenvolvimento economico, carga mental, divisão desigual de tarefas domésticas. Reconstruir agenda de igualdade de gênero: paridade econômica, lei em vigor, reprodução social.
Mulheres negras e pardas são as mais vulneráveis por estarem na base da pirâmide da desigualdade econômica, sobretudo no Brasil. Foto: Freepik O relatório ‘Women, Business and Law 2024’, conduzido pelo Banco Mundial e divulgado no mês de março, destacou que as desigualdades econômicas globais são ainda mais acentuadas do que se pensava.
A desigualdade entre homens e mulheres reflete diretamente na falta de paridade de gênero em diversos setores da sociedade. A luta pela equidade de oportunidades e direitos é essencial para combater as disparidades existentes. A conscientização e ações concretas são fundamentais para promover um ambiente mais justo e igualitário para todos.
Desigualdade Econômica e de Gênero: Um Cenário Global
Em nenhum lugar do planeta, literalmente, as mulheres desfrutam das mesmas oportunidades econômicas que os homens. Trata-se de um panorama alarmante, preocupante e, acima de tudo, limitador, uma vez que a redução das desigualdades de gênero no mercado de trabalho poderia impulsionar o PIB de economias em desenvolvimento. A desigualdade econômica e de gênero é um desafio global que impacta diretamente a paridade de gênero e a igualdade de oportunidades.
No contexto ideal, com as desigualdades totalmente eliminadas, as economias poderiam experimentar um crescimento significativo. Notícias recentes abordam questões como reconstruir a agenda da igualdade de gênero e promover a igualdade salarial entre homens e mulheres, destacando a importância de políticas e leis em vigor para combater a desigualdade econômica.
Entre os obstáculos que dificultam a paridade econômica de gênero, o trabalho de cuidado desempenhado principalmente pelas mulheres se destaca. A divisão desigual das tarefas domésticas e a carga mental resultante têm um impacto profundo no desenvolvimento profissional e financeiro das mulheres, limitando suas oportunidades de crescimento.
Autoras feministas como Silvia Federici e Heleieth Saffioti destacam a questão da reprodução social, ressaltando como as mulheres são frequentemente responsáveis pelo trabalho não remunerado dentro de suas casas. Essa dinâmica perpetua a desigualdade de gênero e econômica, favorecendo a exploração da mão de obra feminina.
A pesquisadora Isabela Duarte Kelly ressalta que a sobrecarga de tarefas domésticas e de cuidado afeta diretamente a participação das mulheres no mercado de trabalho, dificultando o acesso a posições de liderança e remuneração equitativa. A falta de infraestrutura de apoio, como creches públicas acessíveis, agrava ainda mais a situação, levando as mulheres a optarem por empregos menos exigentes em termos de horário e flexibilidade.
A desigualdade econômica e de gênero é um desafio complexo que requer uma abordagem abrangente para promover a igualdade de oportunidades e a paridade de gênero em todas as esferas da sociedade. A conscientização e a implementação de políticas inclusivas são fundamentais para construir um futuro mais justo e equitativo para todos.
Fonte: @ Nos
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