Estudo publicado em revista revela como rochas antigas da crosta terrestre da Austrália Ocidental são fundamentais para compreender a Terra primitiva.
Uma pesquisa divulgada na quinta-feira passada (20) na revista Nature Communications Earth & Environment descobriu que as rochas próximas a Collie, ao sul de Perth, na Austrália, possuem quase quatro bilhões de anos. Essas rochas antigas revelam pistas sobre a formação da crosta primordial da Terra, fornecendo informações valiosas sobre o ambiente primordial do nosso planeta.
Além disso, a descoberta dessas rochas primordiais destaca a importância de estudar a crosta antiga para compreender melhor a história da Terra. A crosta oculta sob nossos pés guarda segredos fascinantes sobre os primórdios do nosso mundo, desvendando mistérios que desafiam a nossa compreensão atual.
Descobertas recentes revelam extensão surpreendente da crosta antiga na Austrália Ocidental
Um estudo publicado em uma revista científica destacou a presença de uma crosta primordial, até então desconhecida, na região da Austrália Ocidental. Essa descoberta sugere que a área de rochas antigas nessa região é muito maior do que se pensava, estando enterrada profundamente na crosta terrestre fundamental.
A crosta terrestre é essencial para compreender a Terra primitiva, pois revela informações valiosas sobre a formação e evolução do nosso planeta. Além disso, essa crosta é crucial para a vida, fornecendo recursos minerais economicamente importantes, como ouro e ferro, além de água doce.
No entanto, investigar a crosta primitiva da Terra não é uma tarefa simples. Grande parte dela está profundamente enterrada ou foi alterada ao longo do tempo, tornando o acesso a essas rochas antigas um desafio para os pesquisadores.
Para desvendar os segredos da crosta oculta, os cientistas utilizam métodos indiretos, como o estudo de minerais erodidos preservados em bacias ou técnicas de sensoriamento remoto por ondas sonoras, magnetismo ou gravidade. Essas abordagens permitem aos pesquisadores obter informações valiosas sobre a composição e idade das rochas antigas.
Um exemplo interessante é o estudo de diques, estruturas formadas por magma que se infiltra na crosta terrestre. Esses diques, como os encontrados na Noruega, podem trazer à superfície minerais das profundezas, como os grãos de zircão, que contêm traços de urânio.
Ao analisar a proporção de urânio e chumbo nos grãos de zircão, os cientistas conseguiram determinar que esses cristais têm aproximadamente 3,44 bilhões de anos. Essas descobertas oferecem um vislumbre raro da história inicial da Terra, ajudando a ampliar nosso entendimento sobre a formação do nosso planeta.
Outro aspecto interessante é a presença de grãos de zircão semelhantes na areia do rio Swan, em Perth, o que corrobora as descobertas feitas nos diques. Esses resultados ampliam significativamente a área conhecida de crosta antiga na Austrália Ocidental, anteriormente limitada ao distrito de Murchison.
Compreender a crosta profunda é crucial, especialmente considerando que muitos metais valiosos são encontrados nos limites entre os blocos dessa crosta. O mapeamento desses blocos pode ser fundamental para identificar áreas com potencial de mineração, o que poderia ter implicações econômicas significativas.
Essas pesquisas não apenas enriquecem nosso conhecimento sobre a formação da Terra, mas também destacam a importância de explorar e estudar a crosta primordial para desvendar os segredos do nosso planeta.
Fonte: @Olhar Digital
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