Inpe registra 2.527 focos de incêndio no bioma. Dados indicam origem humana do fogo, diz diretor de Comunicação.
As queimadas no Pantanal continuam devastando a região, com mais de 600 mil hectares de mata já consumidos pelo fogo. Os incêndios neste mês ultrapassaram os registros do primeiro semestre do ano passado, conforme informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados mais recentes indicam que desde o início de junho, mais de 2,5 mil focos de incêndio foram detectados no Pantanal.
A situação alarmante na área alagada do Pantanal preocupa ambientalistas e autoridades, que buscam formas de conter a destruição desenfreada desse importante bioma. A preservação da região é essencial para a manutenção da biodiversidade e equilíbrio ambiental, sendo urgente a adoção de medidas eficazes para proteger o Pantanal e suas espécies ameaçadas. A conscientização e a ação rápida são fundamentais para evitar danos irreparáveis a essa rica área natural.
O desafio de combater os incêndios no Pantanal
O bioma do Pantanal, uma região vasta e alagada, tem sido alvo de inúmeros focos de incêndio nos últimos tempos. Dados do Instituto SOS Pantanal revelam que mais de 676 mil hectares já foram consumidos pelo fogo, o que equivale a mais de quatro cidades de São Paulo. O diretor de Comunicação da ONG, Gustavo Figueirôa, destaca que a ação humana tem desempenhado um papel crucial nesse cenário preocupante.
Em entrevista recente ao Terra, Figueirôa ressaltou a gravidade da situação, afirmando que a área alagada do Pantanal está 61% abaixo da média histórica. Esse ambiente propício, que costuma ficar submerso por mais de seis meses, torna-se vulnerável durante períodos de seca e calor intensos, facilitando a propagação do fogo. A combinação desses fatores naturais com a interferência humana tem resultado em incêndios devastadores.
Marina Silva também se pronunciou sobre a questão, destacando a influência da ação humana nos incêndios que assolam o Pantanal e a Amazônia. A ex-ministra enfatizou a importância de se repensar as práticas que contribuem para a degradação desses biomas tão importantes para o equilíbrio ambiental.
De acordo com uma nota técnica emitida pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da UFRJ, a maioria dos focos de incêndio teve origem próxima aos rios Paraguai e Paraguai mirim, nas proximidades da cidade de Corumbá. Essas áreas são habitadas por comunidades que tradicionalmente utilizam o fogo em suas atividades cotidianas, o que aumenta significativamente o risco de incêndios descontrolados.
Diante desse cenário alarmante, é fundamental que ações efetivas sejam tomadas para proteger o Pantanal e sua rica biodiversidade. A conscientização da população, o reforço nas medidas de prevenção e o apoio de órgãos ambientais e da sociedade civil são essenciais para preservar esse importante bioma brasileiro. O Terra Agora continua acompanhando de perto essa situação, trazendo informações atualizadas sobre os esforços de combate aos incêndios no Pantanal.
Fonte: @ Terra
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