Demora na busca de atendimento médico para casos prováveis de dengue leva a mortes confirmadas. Rede de saúde desorganizada não prioriza os pacientes de forma adequada.
A negligência em procurar assistência médica por parte do indivíduo, que menospreza a gravidade da dengue, e a falta de eficiência e a sobrecarga do sistema de saúde, que não dá prioridade e não monitora de maneira adequada os casos suspeitos da doença.
É importante ressaltar que a dengue pode evoluir para uma forma mais grave, conhecida como Febre hemorrágica, que pode levar a complicações sérias. Portanto, é fundamental estar atento aos sintomas da doença e procurar ajuda médica imediatamente se houver suspeita de dengue ou Febre hemorrágica.
Fiocruz alerta para desassistência e desatenção ao potencial de gravidade da dengue
Estudos revelam que a desassistência e a desatenção ao potencial de agravamento dos casos são fatores determinantes nas mortes por dengue no Brasil. A Febre Hemorrágica é uma das complicações preocupantes relacionadas à doença, que já registrou mais de 2,6 milhões de casos prováveis no país somente neste ano.
Os dados alarmantes revelam que, até o momento, 991 mortes por dengue foram confirmadas, enquanto 1.483 ainda estão sob investigação, conforme divulgado recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz. Para os pesquisadores, a dengue per se não é fatal, mas sim a falta de assistência adequada e a negligência em relação ao potencial de gravidade que os pacientes podem apresentar.
A busca de atendimento é crucial para a identificação precoce das complicações da dengue. Relatos como o de Sofia, 4 anos, de Barra Velha (SC), que faleceu no último domingo (31) em decorrência da doença, reforçam a importância da rápida procura por serviços de saúde.
Mais atenção e agilidade no atendimento podem salvar vidas
Sofia passou por três atendimentos em uma unidade de saúde, onde não recebeu a assistência necessária desde o início. A mãe da menina relata que, mesmo após diagnóstico positivo para dengue, não foram solicitados exames adicionais e o tratamento adequado foi negligenciado.
A falta de reconhecimento da gravidade do quadro clínico e a demora no atendimento podem resultar em consequências irreversíveis, como a evolução para uma febre hemorrágica. O caso de Sofia evidencia a importância do pronto atendimento e do acompanhamento adequado dos pacientes com suspeitos da doença.
Erros cometidos ao longo do processo de tratamento, como a terceirização de profissionais de saúde despreparados e a falta de estrutura nas unidades de saúde, são apontados como falhas assistenciais recorrentes que podem levar a óbitos evitáveis.
Pesquisadores chamam atenção para a necessidade de mudanças na rede de saúde
A análise de casos anteriores de dengue revela que a falha na assistência e a demora no reconhecimento dos sintomas podem agravar o quadro clínico dos pacientes. A sobrecarga nos serviços de saúde e a falta de preparo dos profissionais são desafios que precisam ser enfrentados para reduzir as taxas de mortalidade pela doença.
A investigação minuciosa das circunstâncias das mortes por dengue e a atuação rápida para corrigir eventuais falhas assistenciais são medidas essenciais para garantir um atendimento adequado e reduzir os óbitos decorrentes da doença. A vigilância clínica proativa e a implementação de protocolos eficazes são fundamentais para salvar vidas e evitar complicações graves.
A discussão sobre a importância da assistência de urgência em casos de dengue, especialmente diante do cenário de pandemia da Covid-19, continua sendo tema de debates entre os especialistas. A conscientização da população sobre os riscos da dengue e a importância da busca precoce por atendimento são medidas preventivas essenciais para combater a doença.
Fonte: © TNH1
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