Essa é a melhor opção? consórcios residenciais, administradoras de consórcios, transformação digital.
Indivíduos com mais de 45 anos continuam sendo a maioria dos participantes em grupos de consórcios residenciais. No entanto, o percentual de pessoas com idade entre 18 e 45 anos também é significativo: 44%. Isso significa que alguns nem sequer haviam nascido quando o consórcio de imóveis foi estabelecido, em março de 1990. As empresas administradoras de consórcios celebraram a diversidade de público.
No segundo parágrafo, é interessante notar a presença crescente de grupos de pessoas mais jovens interessados em participar de consórcios. Essa tendência demonstra a ampliação do alcance e da popularidade dos consórcios de imóveis entre diferentes faixas etárias. A diversidade de cotistas contribui para a dinâmica e inovação no mercado de consórcios.
Consórcios: uma opção para os jovens em busca da casa própria
Mas será que os consórcios são realmente a escolha mais adequada para os jovens que sonham em adquirir a tão desejada casa própria? Vamos analisar os números disponíveis. Entre os grupos de pessoas que participam de consórcios (onde um grupo de pessoas se reúne para adquirir um bem ou serviço em conjunto), observa-se que 31,6% têm entre 31 e 45 anos, enquanto 12,4% estão na faixa etária de 18 a 30 anos. Já os cotistas com mais de 45 anos representam 56% do total. Esses dados foram levantados em março de 2024, durante a última pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).
A Geração Z, composta por aqueles nascidos entre 1994/95 e 2007/10, cresceu em um ambiente permeado pela internet e possui natural familiaridade com tecnologias mais recentes, como smartphones e tablets. A disseminação de informações proporcionada pela internet tem sido um grande impulso para o setor, conforme destaca Bruno Borges, diretor de marketing da Mycon. A transformação digital tem facilitado o acesso a informações detalhadas sobre taxas, modelos e opções de uso dos consórcios, atendendo à demanda por transparência e praticidade por parte do público mais jovem.
Dentro do cenário das fintechs de consórcios, cerca de 41% dos clientes com até 34 anos adquiriram um consórcio para imóveis em 2023, de forma totalmente digital. A ausência de lojas físicas e representantes de vendas resulta em custos menores, refletindo em taxas mais competitivas para os consumidores, o que tem sido um atrativo para o público jovem, conforme ressalta Borges.
As modalidades de pagamento das cotas têm se adaptado às necessidades atuais, permitindo aos consorciados fazer ofertas no valor desejado para aumentar suas chances de contemplação. Guilherme Carrasco, vice-presidente executivo da Ademicon, destaca a facilidade proporcionada aos clientes por meio do aplicativo da administradora, que permite adesão ao produto com assinatura digital, escolha de pagamento via pix ou cartão, e realização de lances, tornando a jornada do cliente mais ágil e conveniente.
Além disso, algumas administradoras têm investido em uma oferta mais personalizada, visando atender às demandas específicas dos consorciados. O consórcio é conhecido por seu cronograma definido, que não exige entrada, apenas parcelas mensais e eventuais lances, estimulando a disciplina financeira por meio da poupança mensal para a aquisição do bem desejado. No entanto, para evitar inadimplências, cotas com parcelas reduzidas têm se tornado mais comuns, permitindo ao cliente pagar apenas metade do valor até a contemplação da carta de crédito.
Após a contemplação, o pagamento passa a ser integral, acrescido do saldo devedor nas parcelas restantes previstas. Essa modalidade tem atraído especialmente o público jovem, que muitas vezes consegue quitar a dívida de forma mais econômica do que o custo do aluguel, como destaca Borges, da Mycon. A nova configuração dos consórcios levanta a questão: será que os jovens estão realmente preparados para essa modalidade de aquisição?
A evolução dos consórcios, aliada à transformação digital e às necessidades do público mais jovem, está moldando um novo cenário no mercado imobiliário, oferecendo opções mais flexíveis e adaptadas às demandas atuais. A busca por uma casa própria pode se tornar mais acessível e viável para os jovens que buscam estabilidade financeira e autonomia na realização desse sonho.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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