Meia colorado forjado em campo de várzea na zona leste de Porto Alegre, disputa clássico como profissional, mostrando habilidades que encantam desde categorias de base.
Na tarde de sábado, quando Gabriel Carvalho entrar em campo no Beira-Rio para disputar o Gre-Nal 443, ele carregará consigo a memória de Bom Jesus, um lugar que faz parte da sua história e da sua família. A emoção de jogar em casa é sempre especial, e para Gabriel, isso é ainda mais verdadeiro devido às lembranças que ele tem desse lugar.
Além de ser um jogador talentoso, Gabriel Carvalho é um menino que cresceu com o futebol no sangue. Ele é um meia que sabe como criar jogadas e surpreender os adversários. Com a presença do irmão Eduardo, o Dudu, e do sobrinho Davi, que costumam entrar de mãos dadas com ele na saída do túnel para o gramado, Gabriel Carvalho se sente ainda mais motivado para dar o seu melhor em campo. A família é tudo para ele, e ele sabe que pode contar com o apoio deles em qualquer momento.
O Nascimento de um Talento
Gabriel Carvalho, o meia de 17 anos, é um orgulho para a comunidade da zona leste de Porto Alegre. Ele é cria da Bonja, um bairro conhecido por sua paixão pelo futebol. Gabriel nasceu exatamente um ano e um dia após a conquista da primeira Libertadores pelo Inter, e desde cedo, ele mostrou um talento natural para o esporte.
Aprendeu a jogar futebol nas ruas estreitas da comunidade e no Campo do Panamá, um tradicional reduto de partidas de várzea da capital gaúcha. Foi ali que ele forjou as habilidades que hoje encantam os colorados. O talento do menino destoava tanto dos demais que ele nem teve muito tempo de vestir a camisa do Família Portuga, um time de várzea que leva o apelido do pai, Vladimir.
Com nove anos, Gabriel já defendia as categorias de base do Inter. Com 16, estreava no profissional. O menino que sonhava ser jogador já soma 16 jogos pelo clube, com um gol marcado e uma assistência. Ele é apontado como uma das revelações da temporada no futebol brasileiro.
Um Sonho que se Tornou Realidade
A bola sempre foi companheira de Gabriel. E muito antes dela, ele gostava de chutar as garrafas pets dentro de casa. Segundo a mãe, Suzana Martins, o hoje meia do Inter era retraído quando criança. Mas bastava um convite para jogar futebol que sua expressão mudava rapidamente.
Quem percebeu que o menino tinha futuro foi Márcio Soares. À época com sete anos, Gabriel Carvalho já chamava atenção pela destreza com que driblava o que via pela frente, incluindo cachorros e motos que desciam a ladeira da Rua Pio X.
– Fizemos um teste com ele. O levamos ao Panamá e depois para jogar lá com o Mano Ajax da Cruzeiro, que também viu a diferença. Falei com a família dele e disse que seria profissional – lembra Márcio.
A profecia se confirmaria nove anos depois. No dia 16 de junho deste ano, Gabriel Carvalho estreou na derrota por 2 a 1 para o Vitória no Barradão e quebrou o recorde de Alexandre Pato como o mais jovem a atuar pelo time profissional do Inter neste século.
Um Novo Passo na Trajetória
De cara, o então menino de 16 anos deu a primeira amostra do talento, com a assistência para Wesley com apenas 11 minutos em campo. Era um novo passo na trajetória que já o indicava como a principal joia do Celeiro de Ases desde Alisson, o goleiro atualmente no Liverpool.
A chance no Inter significava muito para Gabriel e sua família. Eles sabiam que ele tinha um talento especial e que precisava ser desenvolvido. Agora, Gabriel Carvalho é um dos jogadores mais promissores do futebol brasileiro, e seu futuro parece brilhante.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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