Juliana Turchetti, mineira de 45 anos, atuava na operação de combate a incêndios na Floresta Nacional de Helena, Montana.
A piloto brasileira Juliana Turchetti, de 45 anos, faleceu em uma missão de combate a incêndios nos Estados Unidos, na quarta-feira (10). De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), ela foi pioneira como Fire Boss nos EUA, sendo a primeira mulher do Brasil a voar com essa aeronave.
Além de ser reconhecida como aviadora, Juliana Turchetti se destacou como uma verdadeira heroína da aviação, dedicando sua vida a proteger o meio ambiente e combater incêndios florestais. Sua contribuição e coragem inspiraram muitas pessoas ao redor do mundo, deixando um legado inestimável para a aviação brasileira e internacional.
Piloto brasileira Juliana Turchetti: Uma história de coragem e determinação
A aviadora nascida em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, era uma profissional com 6,5 mil horas de voo. Sua trajetória começou como instrutora em 2007, e em apenas dois anos, já estava pilotando grandes jatos, como o Boeing 737 e o 727. Em 2013, Juliana se tornou piloto agrícola e, em 2018, decidiu mudar-se para os Estados Unidos, onde se formou bombeira.
Operando em um ambiente desafiador, Juliana descreveu em sua página no LinkedIn que a combinação de voar e combater incêndios exigia diferentes habilidades, trabalho em equipe e a emoção de operar com disciplina e coragem. Essa experiência única moldou sua carreira e seu desejo de servir.
No mês de maio de 2017, a mineira participou do quadro ‘Quem Quer Ser um Milionário?’ no Caldeirão e levou para casa R$ 5 mil após errar a sétima pergunta da competição. Mesmo não se tornando milionária na TV, Juliana expressou sua paixão por voar e sua determinação em continuar voando.
O trágico acidente aéreo que vitimou Juliana ocorreu enquanto ela integrava a equipe de combate a incêndios na Floresta Nacional de Helena, no estado de Montana. Durante uma manobra de ‘scooping’, o avião em que a piloto estava se chocou com algo, levando à sua queda na água. Após cinco horas de busca, equipes de resgate encontraram o corpo da aviadora, única ocupante da aeronave.
Os governadores de Montana, Greg Gianforte, e de Idaho, Brad Little, expressaram profunda tristeza pela perda e homenagearam Juliana como uma verdadeira heroína. Sua coragem em enfrentar o fogo foi reconhecida como um ato de bravura. O Sindag também prestou homenagens, destacando Juliana Turchetti como um exemplo da força feminina no setor e do profissionalismo dos pilotos brasileiros.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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