Campanha Nacional de Vacinação visa atingir 95% de cobertura vacinal para erradicar a poliomielite no Brasil, cercando a reintrodução do vírus.
Livre da poliomielite — também conhecida como paralisia infantil — desde 1989, o Brasil deu início nesta segunda-feira, 27, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite destinada à população com menos de 5 anos, com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal contra a doença e impedir a reintrodução do vírus. A ação visa proteger as crianças e evitar o risco de surtos, seguindo as orientações da Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC).
Além disso, a vacinação contra a Poliomielite é fundamental para prevenir a paralisia e garantir a saúde das crianças, reforçando a importância da imunização desde a primeira infância. A erradicação da Poliomielite é uma conquista significativa, mas a vigilância e a vacinação contínua são essenciais para manter o país livre dessa doença infecciosa. A participação ativa da população é fundamental para alcançar a meta de cobertura vacinal e proteger as futuras gerações contra a Poliomielite.
Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite
A Poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença que há 30 anos preocupava o Brasil. A certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem foi um marco importante para a saúde pública do país. O agente contagioso, que pode infectar adultos e crianças, é transmitido pelo contato direto com fezes e secreções eliminadas pela boca dos pacientes.
A doença deixou sequelas na população infantil, desencadeando paralisia nos membros inferiores, nos músculos da fala e da deglutição, atrofias musculares e problemas nas articulações. Infelizmente, não há tratamento para a pólio, e em casos graves, ela pode levar à morte.
A vacinação é a principal forma de prevenção contra a Poliomielite, ou paralisia infantil. A Campanha Nacional de Vacinação tem como meta imunizar 95% das 13 milhões de crianças aptas a receber a dose. O ‘Dia D’ da campanha está marcado para 8 de junho, um sábado, mas estados e municípios têm a liberdade de organizar a agenda de acordo com seus critérios.
Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunização (DPNI), ressalta a importância de levar as crianças ao posto mais próximo para evitar as sequelas de doenças imunopreviníveis. A reintrodução do vírus da Poliomielite é uma preocupação constante, por isso a cobertura vacinal é essencial para manter a erradicação da doença.
O novo esquema vacinal, que entra em vigor no segundo semestre deste ano, substituirá as duas doses com a vacina oral poliomielite (VOP) pela vacina inativada poliomielite (VIP). As crianças receberão três doses iniciais aos dois, quatro e seis meses, além do reforço com a VIP. Os dados preliminares de 2023 indicam que o percentual de crianças com menos de 1 ano que receberam a VIP está em 84,63%.
Em 2022, o índice de vacinação foi de 77%, com destaque para os estados do Ceará, Piauí e Santa Catarina, que alcançaram os melhores índices. A circulação do Poliovírus Selvagem é uma ameaça que só pode ser combatida com a colaboração de toda a população na manutenção da cobertura vacinal adequada. A prevenção é a chave para manter a certificação de erradicação da Poliomielite no Brasil.
Fonte: @ Veja Abril
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