Acionamento da bandeira vermelha patamar 2 em setembro gera aumento de R$ 7,877 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos, impactando o IPCA.
O acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a mais cara entre as recorrentes, para a conta de energia em outubro pode resultar em um aumento significativo nas despesas dos consumidores. A bandeira vermelha indica que as condições de geração de energia estão mais críticas, levando a um custo adicional na conta de luz.
Com a bandeira tarifária cada vez mais vermelha, os consumidores devem ficar atentos aos seus gastos com energia elétrica. A possibilidade de uma tarifa mais vermelha pode impactar o orçamento doméstico, exigindo medidas de economia de energia por parte dos usuários.
Aneel anuncia acionamento da bandeira vermelha patamar 2
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) surpreendeu ao anunciar ontem, 30 de agosto, o acionamento da temida bandeira vermelha patamar 2. Esse movimento implica em um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, impactando diretamente a conta de luz dos consumidores.
Impacto da bandeira vermelha na economia
O anúncio, feito tarde da noite, pegou economistas de surpresa, que esperavam uma tarifa mais amena. A bandeira vermelha patamar 2 não era vista desde agosto de 2021, durante a crise hídrica que assolou o país. Após um período de bandeiras verdes, a sequência foi interrompida em julho de 2024, com a bandeira amarela seguida pela verde em agosto.
Projeções e impactos da bandeira vermelha
O consenso entre os especialistas era de que a bandeira de setembro seria amarela, mas o acionamento da bandeira vermelha 2 surpreendeu a todos. O impacto desse acréscimo na inflação deve ser significativo, estimando-se um aumento de 0,42 ponto percentual no IPCA para quem esperava uma bandeira verde.
Previsões econômicas diante da bandeira tarifária
Para quem projetava ao menos uma bandeira amarela, o acréscimo na inflação deve ser de 0,32 ponto percentual. A Terra Investimentos avalia que o impacto será ainda maior, elevando a estimativa do IPCA de setembro para 0,84%. A projeção para o ano de 2024 também sofre alterações, com a Terra assumindo a bandeira amarela no final de dezembro.
Riscos e projeções futuras
No entanto, caso o ano termine com a bandeira vermelha 2, a projeção salta para 4,87%, ultrapassando o teto da banda de tolerância da meta para o ano, estabelecido em 4,5%. A mediana do mercado já prevê um IPCA próximo desse teto, de 4,25%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. O risco de uma bandeira tarifária mais salgada coloca ainda mais pressão sobre as projeções econômicas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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