Período notado 2.298 casos de violência em bairros periféricos: serviços de saúde levantaram inéditas notificações, registradas pelo Polícia Civil, distritos de renda baixa; ocorrências atuais na região central, BO eletrônico.
Uma pesquisa recente divulgada nesta terça-feira(14) pela ONG Diversidade revela que os casos de violência contra pessoas LGBTQIA+ têm aumentado significativamente em Belo Horizonte. Entre os anos de 2016 e 2024, foi registrado um aumento de 820% nas denúncias de agressões e discriminação. No total, foram contabilizados 1.567 casos nos centros de acolhimento da cidade.
Infelizmente, a LGBTfobia ainda é uma realidade presente em nossa sociedade, resultando em crimes de ódio e atentados contra a comunidade LGBTQIA+. É fundamental que medidas sejam tomadas para combater essa situação alarmante e garantir a segurança e o respeito a todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. ações para combater
Violência contra pessoas LGBTQIA+: Levantamento inédito revela aumento de ocorrências
Um recente levantamento inédito sobre violência contra pessoas LGBTQIA+ na cidade de São Paulo trouxe à tona dados alarmantes. Cerca de 45% dessas ocorrências foram identificadas como resultantes de violências físicas, enquanto 29% envolveram violências psicológicas e 10% foram classificadas como violências sexuais.
O estudo apontou que quase metade (49%) das agressões ocorreram dentro do ambiente doméstico, evidenciando a vulnerabilidade dessas pessoas em seus próprios lares. Surpreendentemente, revelou-se que seis em cada dez vítimas de violência LGBTQIA+ foram agredidas por familiares ou conhecidos, o que lança luz sobre a questão da confiança e segurança nos círculos próximos.
As estatísticas mostraram que a maioria das agressões motivadas por LGBTfobia aconteceu em bairros periféricos da cidade, como Itaim Paulista, Cidade Tiradentes e Jardim Ângela, locais onde a presença de serviços de saúde e apoio pode ser escassa.
O aumento das notificações de violência LGBTQIA+ foi evidenciado nos boletins de ocorrências registrados pela Polícia Civil, com um impressionante crescimento de 1.424% entre os anos de 2015 e 2022, totalizando 3.868 vítimas. Esses dados alarmantes apontam para a urgência de ações concretas para combater a LGBTfobia e proteger essa comunidade vulnerável.
Segundo o estudo, a concentração de casos notificados na Polícia Civil se deu principalmente na região central da cidade, nos bairros da República, Bela Vista e Consolação, áreas conhecidas por sua diversidade e presença LGBTQIA+.
Rodrigo Iacovini, diretor-executivo do Instituto Pólis e coordenador da pesquisa, ressaltou a importância desses dados, destacando o empoderamento crescente das vítimas e a conscientização sobre a LGBTfobia como crime. Ele também apontou para o papel dos discursos políticos de extrema-direita no aumento da violência contra a população LGBTQIA+.
A implementação do B.O. eletrônico foi apontada como um fator crucial no aumento dos registros de LGBTfobia, facilitando o acesso das vítimas ao sistema de denúncias. Esse mecanismo online permitiu um maior alcance, especialmente entre as mulheres e as comunidades de baixa renda, que representam a maioria das notificações.
A interseccionalidade da violência LGBTQIA+ também foi destacada, com o estudo revelando que a maioria das vítimas de LGBTfobia é negra (55%). A pesquisa evidenciou que 79% das pessoas que sofreram violência LGBTfóbica por policiais eram negras, ressaltando a complexidade das formas de discriminação enfrentadas por indivíduos LGBTQIA+ negros. Esses dados reforçam a necessidade de políticas e ações que abordem não apenas a LGBTfobia, mas também o racismo estrutural presente na sociedade.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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