Em 1995, o presidente revelou emprestando R$ 15 milhões antes da Virada de Vasco. Trajetória de cartolas: Botafogo, improvável título brasileiro. Pesquisa do campo: calificado, primeiro mandato, única título. Arquibancada, filhos: quatro, Botafogo. Invadiria, primeiro lugar, colocou nós. Sobre Vasco e Botafogo. Nós, mandato único, título brasileiro.
Augusto Montenegro, em um certo dia, foi destaque no jornal ‘O Globo’. Nada relacionado ao Ibope, renomado instituto de pesquisas da América do Sul que ele presidiu por muitos anos. A cena mostrava ele sendo segurado por Edmundo após a virada do Vasco sobre o Botafogo, em 1996.
Em meio a essa lembrança marcante, Carlos Augusto Montenegro se viu envolvido em uma situação única. Sendo considerado um verdadeiro ídolo pelos torcedores, ele se tornou um herói para muitos naquele momento de emoção intensa.
Augusto Montenegro: o presidente ídolo e herói do Botafogo
Depois de chamar o vice de futebol vascaíno, Eurico Miranda, de palhaço no primeiro tempo, pela invasão de campo, Augusto Montenegro, presidente do Botafogo, foi para cima do árbitro Jorge Travassos. Em momentos assim, ele ouviu do pai o seguinte comentário: – Está vendo? Era por isso que eu não queria que você entrasse para o futebol. Ele entrou…E só saiu – mas nem tanto assim – quando John Textor comprou o Botafogo, em 2022. O americano é ídolo e herói do homem de 70 anos que levou o clube ao improvável título brasileiro de 1995.
No Abre Aspas, Augusto Montenegro conta a relação de amor e ódio que vive com os botafoguenses. Altos e baixos que se traduziam numa, digamos, pesquisa de campo bem mais simples do que a do Ibope. Quando era o presidente campeão, ‘meu copo cerveja não baixava nunca’. Mas se estivesse mal…
Ficha técnica:
Nome completo: Carlos Augusto Saade Montenegro
Nascimento: Rio de Janeiro, dia 28 de janeiro de 1954 (70 anos)
Profissão: economista. Foi presidente do instituto de pesquisas Ibope por mais de 40 anos.
Presidente do Botafogo em único mandato (1994-1996)
Títulos como presidente: Brasileiro de 1995, Teresa Herrera de 1996.
Abre Aspas: Carlos Augusto Montenegro
Você vem de família botafoguense?
— Não, o meu pai era Fluminense. Eu nasci em Laranjeiras. Meu pai colocou nós, quatro filhos, como sócios do Fluminense. Mas com quatro, cinco, seis anos de idade, no colégio, resolvi ser Botafogo. O Botafogo estava muito bem. Era moda ser Botafogo. Isso era 1960, 1961. Resolvi ouvindo os jogos. Como meu pai era Fluminense, não tinha muito como ir aos jogos. Fui crescendo, aí fiquei plenamente calcificado botafoguense em 1967, 1968. Sempre fui um torcedor de arquibancada, tinha uma bandeira grande, para mim naquela época era grande porque tinha que ir de ônibus. Tinha uns 3 metros. Sempre fui aos jogos, não no meio da torcida, mas perto das torcidas organizadas, sempre na arquibancada.
Então viveu um pouco do auge do Garrincha, mas pegou os 21 anos sem título?
— Foi meu primeiro drama como botafoguense, 21 anos sem título até 1989. Até o nosso Maurício nos dar aquela alegria em 1989. Conseguiu fazer o gol sendo empurrado ainda (contra o Flamengo). Uma coisa fantástica (risos, em tom irônico).
O seu caminho para a presidência do clube se dá como? Você não era sócio.
— Em 1991, dei entrevista para a revista Playboy, como presidente do Ibope. Tinha passado a eleição de 1989, a primeira eleição direta, e dei uma longa entrevista. Aí perguntaram de hobby. Eu disse que meu grande hobby era ir ao Maracanã como botafoguense. Que eu não perdia jogos etc. Lendo isso, o presidente do Conselho do
Fonte: © GE – Globo Esportes
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