Atentado em casa de shows em Moscou foi reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico, que falou em ‘guerra contra países que combatem o islã’.
O número de vítimas fatais no atentado a uma casa de shows em Moscou, na Rússia, subiu para 137, conforme divulgado pelo comitê de investigação do governo russo. O ataque terrorista, ocorrido na sexta-feira (22), chocou o país e deixou marcas profundas na população.
Este triste episódio de atentado terrorista revela a brutalidade e a covardia de grupos extremistas que buscam disseminar o medo e o terror. A Rússia, que enfrenta uma série de desafios de segurança, agora precisa lidar com as consequências desse ataque sem precedentes.
Atentado de grandes proporções
Foram as Forças de Al-Asad, financiadas pelo governo russo, que expulsaram totalmente o Estado Islâmico da Síria há quatro anos. O comitê afirmou também que há ainda dezenas de pessoas feridas internadas em hospitais na capital russa.
Detenção dos suspeitos
Já os suspeitos de terem cometido o atentado, que haviam sido presos ontem, foram transferidos neste domingo para o quartel-general do comitê e para ser interrogados, afirmou o órgão. Os suspeitos são estrangeiros e tentavam fugir para a Ucrânia no momento em que foram pegos, segundo disse ontem o presidente russo, Vladimir Putin.
No mesmo dia, centenas de pessoas se reuniram em frente à prefeitura de Crocus, onde fica a casa de shows, para depositar flores, velas e brinquedos em memória às vítimas da tragédia. O presidente russo, Vladimir Putin, declarou no sábado luto nacional de três dias.
Manifestações de solidariedade
‘Perdi dois amigos e estou aqui hoje para lamentar por eles’, disse um morador local à agência de notícias Reuters.
Repercussão internacional
O papa Francisco disse neste domingo (24), durante a missa de Domingo de Ramos, que o atentado cometido pelo Estado Islâmico foi uma ‘ação desumana que ofende a Deus’.
O ataque terrorista deixou 133 mortos e foi o maior na Rússia em 20 anos. No sábado (23), em um comunicado, o Estado Islâmico, que reivindicou a autoria, disse que o atentado faz parte de uma ‘guerra pelo islã’ contra países que, segundo o grupo terrorista, atacam a religião.
A brutalidade do atentado
O atentado, reivindicado por um braço do grupo terrorista Estado Islâmico, aconteceu na casa de shows Crocus City Hall, na noite de sexta-feira (22), e é o pior dos últimos 20 anos na Rússia. Segundo autoridades russas, quatro homens armados invadiram o local enquanto a banda Picnic se preparava para se apresentar.
No sábado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que os quatro terroristas haviam sido presos, junto de outros três acusados de ajudar a planejar o ataque. Um vídeo feito por um homem que estava no local mostra homens atirando, além de gritos e pessoas assustadas. A casa de shows tem capacidade para 6.000 pessoas. O ataque começou no saguão da sala de shows.
Em seguida, os homens entraram no auditório e abriram fogo contra as pessoas que aguardavam para assistir ao show. Uma pessoa que estava no local afirmou que os homens entraram atirando e, em um momento, jogaram um coquetel molotov no local. Quando a testemunha tentou fugir, descobriu que uma das saídas estava trancada.
Ela atravessou o salão para tentar fugir de outro ponto de saída, mas também não conseguiu. Então, se refugiou no subsolo da casa de shows até que agentes dos serviços de emergência chegaram. Foram ouvidas duas explosões no local, que pegou fogo. Os bombeiros conseguiram controlar as chamas, mas, segundo a agência de notícias Tass, o teto do Crocus City Hall pode cair a qualquer momento.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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