Janaina e equipe do Ministério da Saúde evitaram óbitos e desaparecimentos entre indígenas, com ações de assistência técnica e gestão.
A Colaboradora Técnica de Gerenciamento da Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Janaína Torres dos Santos (50), está engajada com o Centro de Operações de Emergência (COE-RS) para auxiliar as comunidades de povos originários frente à crise climática que afeta o Rio Grande do Sul. Aproximadamente 27 mil indígenas, de diversas etnias e espalhados por mais de 150 aldeias, residem no estado.
Além disso, a atuação de Janaína visa garantir a proteção e o bem-estar das comunidades de povos indígenas diante dos desafios impostos pela situação emergencial. A solidariedade e a cooperação são fundamentais para enfrentar os impactos dessa crise e fortalecer a resiliência dos povos originários.
Povos Indígenas: Assistência e Resiliência em Tempos de Catástrofe Climática
Com a dedicação incansável de Janaína e sua equipe do Ministério da Saúde e de parceiros, nenhum óbito ou desaparecimento em decorrência da emergência foi registrado entre as Comunidades de Povos Indígenas. ‘Fico muito realizada por poder atender o nosso povo originário’, destaca. ‘É uma população muito necessitada, que ainda sofre muito com o racismo e preconceito.’
Confiança Gaúcha de Porto Alegre, assistente social há cerca de 20 anos e apaixonada pela causa dos povos originários, Janaína atua no estado desde 12 de maio. ‘A primeira semana foi a mais intensa. Nós corríamos muito, saíamos cedo e não tínhamos hora para voltar.’ Janaína destaca a importância da Técnica de Gestão em suas ações de assistência à saúde da população indígena em diversos pontos do estado – muitos de difícil acesso.
Janaína menciona que, mesmo auxiliando os próprios familiares afetados pelas chuvas, ela se dedica às ações de assistência às Comunidades de Povos Indígenas em vários locais de atuação, coordenando e realizando atendimentos médicos, remoções de pessoas isoladas pelas chuvas e entregas de água e mantimentos. Centro, de Operações, como Cruzeiro do Sul, Eldorado e Lajeado, foram alguns dos locais onde atuou.
Ao lado de outros fatores, Janaína atribui o sucesso das operações à confiança construída com os membros das aldeias e à sua própria cultura ancestral. ‘A cultura deles é muito baseada na confiança. Depois que conquistamos essa confiança, eles entendem e aceitam nossa ajuda. Eles são um exemplo de resiliência e união’, destaca.
Passado, presente e futuro se entrelaçam na missão de Janaína, que se emociona ao relembrar os momentos mais marcantes. No entanto, a luta contínua para preservar o direito dessas pessoas à saúde a motiva a prosseguir com os esforços de assistência, assim como a esperança pelo futuro das Comunidades de Povos Indígenas. ‘Essa população faz parte das nossas vidas, do nosso passado, da nossa atualidade e, também, do nosso futuro.’
Hoje, observamos jovens indígenas buscando educação em áreas como medicina, enfermagem, psicologia, direito e outras, integrando-se à sociedade e preservando sua tradição e identidade, como destaca a apoiadora da Sesai, Daniel Zimmermann, do Ministério da Saúde.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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