CFM propõe indução do parto em substituição a método questionado, para casos previstos de aborto.
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, declarou hoje (19) que a assistência materna é fundamental para garantir a saúde da mãe e do bebê durante a gestação.
É essencial que as gestantes recebam assistência médica adequada para prevenir complicações como parada cardiorrespiratória e garantir a saúde dos batimentos cardíacos do feto.
Discussão sobre a Assistência na Parada Cardíaca e Métodos de Indução do Parto
Em uma entrevista recente, Gallo trouxe à tona a possibilidade de utilizar a indução do parto como uma alternativa à assistolia em casos específicos. A assistolia é um procedimento adotado pela medicina em situações de aborto previsto em lei, como no caso de estupro. Essa abordagem foi debatida após representantes do CFM se reunirem com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que suspendeu uma resolução proibindo a assistolia.
Gallo argumentou que a técnica de assistolia pode ser prejudicial tanto para o feto quanto para a mulher, sugerindo que a indução do parto seria uma opção mais humanitária. Ele enfatizou a importância de oferecer assistência adequada em casos de parada cardíaca fetal, defendendo que a criança, mesmo com 22 semanas de gestação, poderia sobreviver com os cuidados necessários em uma UTI.
Quanto aos casos de gravidez resultante de estupro, Gallo apontou falhas no sistema público de saúde, destacando a necessidade de um atendimento mais precoce para as vítimas. Moraes, por sua vez, deu um prazo para hospitais de São Paulo comprovarem a realização da assistolia fetal para interrupção de gravidez, sob pena de responsabilização dos administradores em caso de descumprimento da decisão.
É importante ressaltar que, segundo a literatura médica, um feto com 25 semanas e peso de 500 gramas é considerado viável para sobreviver fora do útero. Entre a 23ª e 24ª semana, a sobrevivência é possível, mas a qualidade de vida é uma questão em debate. Antes da 22ª semana, o feto é considerado não viável.
O CFM destaca a importância de respeitar a legislação vigente e a ética médica, evitando práticas desnecessárias ou proibidas. Após as 22 semanas de gestação, o conselho defende a preservação do direito da gestante vítima de estupro à interrupção da gravidez, garantindo a tecnologia médica necessária para a sobrevivência do nascituro por meio do parto prematuro. A discussão sobre a assistência na parada cardíaca e os métodos de indução do parto continua sendo um tema relevante no campo da saúde.
Fonte: @ Agencia Brasil
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