Cinco cidades no Paraná geram 70% da produção de frutos. Insetos colaboram no processo de cultivo, da floração até a colheita.
Produtores estão investindo em parceria com abelhas para a produção de kiwis no Paraná. A presença desses agentes polinizadores tem se mostrado fundamental para o cultivo desse fruto na região. Em 2023, a produção de kiwi no estado alcançou um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 15,2 milhões, conforme informações do Departamento de Economia Rural (Deral).
As abelhas, conhecidas como importantes polinizadores, são criaturas aladas essenciais para o sucesso da produção de kiwis. Sua atuação na polinização das flores do kiwi contribui significativamente para o aumento da produtividade e qualidade dos frutos. A parceria entre os produtores e essas insetos tem impulsionado o setor agrícola no Paraná, destacando a importância dessas pequenas criaturas para a agricultura local.
Abelhas: Agentes Essenciais para a Polinização do Kiwi
Entre as necessidades para o cultivo do kiwi, a polinização das plantas é parte essencial para o processo. E é aí que entram as abelhas, criaturas aladas responsáveis por levar o grão de pólen da planta masculina à feminina. Durante a floração, por exemplo, produtores chegam a locar até 100 caixas com insetos. A prática está difundida em cinco cidades paranaenses que correspondem a 70% da produção de kiwi no Estado. São elas: Antônio Olinto (19,7%), Araucária (18,2%), Porto Amazonas (15,5%), Lapa (9,5%) e Mallet (7,6%), congregando 70,4% do total. Outros 26 municípios exploram a fruta, segundo o Deral. No ano passado, o Paraná registrou a produção de 2,6 mil toneladas de kiwi em uma área plantada de 200 hectares.
Abelhas: Aliadas na Produção Agrícola e na Sustentabilidade
Abelhas sem ferrão são uma alternativa barata para o aumento da produtividade rural. A introdução dessas abelhas em áreas de plantio apresenta vantagens econômicas e sustentáveis para agricultores de diferentes regiões do Brasil. Parcerias entre cultivadores de espécies sem ferrão e produtores rurais resultaram no aumento de 30% da produtividade no Distrito Federal, por exemplo. A parceria entre os meliponicultores, como são chamados os cultivadores de abelhas sem ferrão, e produtores agrícolas é coordenada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do DF. Em um projeto experimental, pesquisadores implementaram os insetos em um cultivo de abóboras. A ação aconteceu em agosto de 2023, quando os meliponicultores colocaram 10 caixas de abelhas próximas ao cultivo das abóboras já em fase de floração. Em novembro, os produtores rurais colheram, literalmente, os frutos do trabalho dos insetos.
Abelhas: Uma Fonte Adicional de Renda e Biodiversidade
Segundo o Emater, a proposta é criar uma rede colaborativa entre produtores e meliponicultores para o compartilhamento de técnicas de cultivo e o manejo dos insetos, além de incentivar outras regiões do país a aderir à introdução das abelhas sem ferrão em áreas de produção rural. Além de ajudar na produção agrícola, o cultivo das abelhas apresenta uma outra possível fonte de renda. Enquanto o mel de abelhas com ferrão custa cerca de R$ 30, em média, por litro, a produção dos insetos sem ferrão, por ser mais escassa, pode custar até R$ 300, na mesma unidade. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), há cerca de 52 gêneros e 300 espécies conhecidas de abelhas sem ferrão, da tribo Meloponia, distribuídas nas Américas, África, Ásia e Oceania. No Brasil, os insetos são responsáveis pela manutenção de biomas importantes, polinizando 30% das espécies da Caatinga e.
Fonte: @ Terra
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