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Segundo a pesquisa realizada pelo Banco Central (BC) e divulgada nesta quarta-feira, 79% dos analistas afirmam que a situação fiscal do país piorou desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em março. Essa avaliação reflete a preocupação com os rumos da economia e as projeções para o futuro próximo. A situação fiscal é um tema de extrema importância para a estabilidade financeira do país.
Enquanto a maioria dos analistas aponta para uma piora na situação fiscal, 18% não identificaram mudanças significativas e 3% acreditam que houve uma melhora. Essa avaliação impacta diretamente as finanças públicas e o orçamento do governo, exigindo medidas estratégicas para garantir a sustentabilidade econômica a longo prazo. É fundamental acompanhar de perto as tendências da situação fiscal e suas repercussões na economia nacional.
Situação fiscal e projeções fiscais: Análise dos respondentes
Nessa situação fiscal, foram 115 respondentes no Questionário Pre-Copom. O envio aos analistas de mercado ocorreu em 25 de abril. As respostas desempenham papel crucial nas discussões do Copom. Na última reunião, houve a redução da taxa Selic de 10,75% para 10,50% ao ano. Quanto às projeções de variáveis fiscais, a mediana das expectativas apontou um déficit primário de R$ 76 bilhões para este ano. No questionário anterior, a mediana era de R$ 82 bilhões em déficit. Para 2025, a mediana das projeções indica um déficit de R$ 90 bilhões. O Questionário Pre-Copom também coletou expectativas sobre a política monetária nas reuniões do Copom de maio, junho e julho. Na última reunião, 67% dos respondentes previram um corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 32% apostaram em uma queda de 0,5 p.p. Apenas 1% acreditou na manutenção da taxa de juros em 10,75% ao ano. No campo das sugestões para o Copom, 57% defenderam um corte de 0,25 p.p, 41% optaram por 0,5 p.p e 2% pela manutenção da taxa. Em relação à reunião de junho, 94% previram um corte de 0,25 p.p, 5% um corte de 0,5 p.p e 2% a manutenção da taxa. Para julho, 84% apostaram em um corte de 0,25 p.p, 14% na manutenção e 2% em um corte de 0,5 p.p. As projeções para inflação apontam 3,7% em 2024 e 3,62% em 2025. Quanto à Selic, a mediana é de 9,75% para o final deste ano e 9% em 2025. Em relação ao IPCA, 31% veem risco de alta em 2024, enquanto 59% acreditam em riscos equilibrados e 9% em riscos de baixa. Para 2025, 42% veem riscos equilibrados, 54% riscos de alta e 4% riscos de baixa. As projeções de curto prazo para o IPCA e serviços subjacentes variaram de abril a julho. Quanto ao PIB, a mediana das projeções para 2024 foi de 2,1%. Em março, a mediana era de 1,8%. O risco preponderante para o cenário central é equilibrado para 50% dos respondentes, 47% veem riscos de alta e 3% de baixa. O questionário também abordou a evolução do ambiente externo desde o último Copom, em março.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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