Documento europeu amplia avaliação de saúde considerando IMC e outros indicadores, como condições crônicas, gordura corporal e comorbidades.
A obesidade é um problema de saúde pública que atinge mais de 1 bilhão de indivíduos em todo o mundo, e sua identificação e manejo têm sido assuntos frequentemente discutidos. Neste sábado, 6, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (ABEO) divulgou um relatório inovador em uma publicação especializada, sugerindo abordagens diferenciadas para o diagnóstico e tratamento da condição.
Além disso, o índice de massa corporal (IMC) e o sobrepeso são fatores importantes a serem considerados no diagnóstico da obesidade. O tratamento adequado, que pode incluir mudanças na alimentação e prática de exercícios físicos, é essencial para combater os riscos associados a essa condição de saúde.
Novas Abordagens para o Diagnóstico e Tratamento da Obesidade
A condição de obesidade, uma doença crônica que afeta uma parcela significativa da população, tem sido tema constante de debate no campo da saúde. O diagnóstico tradicional, baseado no Índice de Massa Corporal (IMC), tem sido questionado por sua simplicidade e limitações. O IMC classifica como sobrepeso indivíduos com valores entre 25 e 29,9, enquanto a obesidade é definida a partir de um IMC de 30 ou mais.
No entanto, a distribuição de gordura corporal e a presença de comorbidades como diabetes e hipertensão são fatores importantes a serem considerados no diagnóstico da obesidade. Nesse contexto, a proposta da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso) e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) sugere uma abordagem mais abrangente e fundamentada em evidências.
A Abeso propõe que o diagnóstico da obesidade leve em conta não apenas o IMC, mas também a relação cintura/quadril e a quantidade total de gordura corporal. Essa nova perspectiva visa oferecer um diagnóstico mais preciso e abrangente para a condição de obesidade, permitindo identificar indivíduos em risco mesmo com IMC abaixo de 30.
O presidente da Sbem, Paulo Miranda, destaca a importância de considerar outros parâmetros além do IMC para diagnosticar a obesidade de forma mais fidedigna. Ele ressalta que pessoas com IMC acima de 25, que atualmente seriam classificadas como sobrepeso, podem ser diagnosticadas com obesidade com base em outros indicadores como a relação cintura/quadril e a adiposidade total.
Essa abordagem inovadora proposta pela Abeso e pela Sbem amplia o escopo de definição da obesidade, permitindo identificar indivíduos em risco mesmo antes de atingirem um IMC de 30. O presidente da Abeso, Bruno Halpern, enfatiza a importância de considerar a circunferência abdominal e outros fatores de risco para uma avaliação mais precisa da condição de obesidade.
Além disso, a nova diretriz publicada pela SBEM e Abeso recomenda uma classificação adicional com base no histórico de peso máximo atingido na vida e na porcentagem de perda de peso alcançada. Essa abordagem oferece uma nova perspectiva no manejo clínico da obesidade, destacando os benefícios de uma modesta perda de peso e orientando pacientes e profissionais de saúde no tratamento adequado da condição.
Fonte: @ Veja Abril
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