Desembargador José Rodrigo Sade precisa de tempo para avaliar o relatório da eleição suplementar com debates apresentados, alta polarização e escolha de novo senador.
📲 Acompanhe o A10+ nas redes sociais: Instagram, Facebook e Twitter. (Atualizada às 18h31) A decisão que poderia levar à perda do mandato do ex-juiz Sergio Moro foi adiada devido a um pedido de vista do desembargador José Rodrigo Sade, e está prevista para ser retomada na quarta-feira (3).
No segundo parágrafo, especula-se sobre os próximos passos do candidato a senador Sérgio Moro em meio a este impasse judicial. É fundamental que a justiça seja feita para que a população possa confiar nas instituições e nos representantes eleitos, afirmou o ex-juiz.
Julgamento de Sérgio Moro: desembargador José Rodrigo Sade pede vista
O pedido foi feito depois que o relator do caso, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, apresentou o relatório por duas horas nesta segunda-feira (1º). Sade elogiou a democracia paranaense eleitoral e afirmou que os debates apresentados ao longo do julgamento foram de ‘alto nível’.
Ele chamou o relatório apresentado de ‘muito poderoso, muito minucioso’, e por isso se viu obrigado a pedir vista. Sérgio Moro A10+ Seja qual for o resultado do julgamento no TRE, a palavra final deverá ser do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Análise sobre a possível cassação do mandato de Sérgio Moro
Caso a Justiça Eleitoral decida pela cassação de Moro, uma eleição suplementar deve ser marcada para escolha de um novo senador do Paraná, que vai ocupar o cargo até 2030. Em entrevista à Record News, nesta segunda-feira (01), o professor de direito constitucional da UFF (Universidade Federal Fluminense), Gustavo Sampaio apontou que o julgamento sobre cassação de mandato do senador do Paraná, Sérgio Moro, pode deixá-lo inelegível até o máximo de oito anos, perdendo as eleições de 2024, 2026 e 2028.
Entenda as ações contra o senador Sérgio Moro
O julgamento na Justiça Eleitoral que pode levar à cassação do mandato de Moro é um desdobramento de ações do PL e da Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV. Os partidos acusam o ex-juiz de abuso de poder econômico por conta de gastos pré-eleitorais de Moro entre 2021 e 2022, período em que ele se apresentava como pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos.
A candidatura ao Palácio do Planalto não prosperou, e Moro migrou para o União Brasil para concorrer a deputado federal por São Paulo. A troca de domicílio eleitoral, de Curitiba para a capital paulista, foi barrada pela Justiça Eleitoral e ele acabou se lançando candidato a senador pelo Paraná, sendo eleito com 1,9 milhão de votos. As ações apontam que os gastos e a estrutura da pré-campanha à presidência foram ‘desproporcionais’ e acabaram rendendo ao ex-juiz uma vantagem decisiva sobre qualquer outro candidato ao Senado no Paraná.
A soma dos gastos das pré-campanhas com a despesa que teve com candidatura a senador ultrapassam o teto estipulado. A defesa do senador considera que a arrecadação de recursos e as despesas na pré-campanha não precisam ser submetidas às prestações de contas eleitorais. No início de dezembro Moro disse em depoimento ao TRE-PR que as alegações dos partidos devem ser ‘descartadas’.
Segundo ele, não há comprovação de abuso de poder econômico na campanha de 2022. O senador afirmou estar ‘profundamente ofendido’ com ações movidas pelo PL e pelo PT. ‘Me sinto violado quando as partes alegam que meus gastos com segurança deveriam ser considerados para cassação do meu mandato. Fui juiz da Lava Jato que veio concorrer em uma eleição altamente polarizada’, disse Moro.
Segurança e desafios de Sérgio Moro durante a campanha
O magistrado citou os planos do PCC (Primeiro Comando da Capital) de sequestrá-lo investigados pela Polícia Federal. ‘Coloquei como condição necessária que houvesse segurança. Não sabíamos que havia risco de sofrermos atentados como existe hoje.’ Fonte: R7
Fonte: © A10 Mais
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