Pasta estuda fortalecimento de políticas de saúde para populações quilombolas, com estratégia de saúde antirracista e ações afirmativas.
Visando a promoção da saúde das comunidades tradicionais, o Ministério da Saúde promoveu uma reunião com representantes da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq). Durante o encontro, foram discutidas as necessidades prioritárias e as estratégias fundamentais para os territórios quilombolas, visando sempre a melhoria da saúde.
Além disso, foi destacada a importância de garantir o bem-estar e os cuidados necessários para a população quilombola, com o apoio de profissionais de saúde qualificados. A atenção à sanidade e a valorização dos médicos que atuam nessas regiões foram pontos essenciais abordados durante a reunião, reforçando o compromisso com a saúde e o bem-estar dessas comunidades.
Estratégia antirracista para a saúde: fortalecimento das políticas de saúde
Durante as discussões, o assessor da Secretaria-Executiva (SE), Yuri Brito, enfatizou a importância das demandas que surgem em relação às iniciativas já em andamento, como a Estratégia Antirracista para a Saúde, que foi lançada no ano anterior. Esta estratégia tem como objetivo central o cuidado com as populações quilombolas, sendo uma das prioridades do Ministério da Saúde. Yuri Brito destacou que essa estratégia visa impactar a administração, formação e gestão da saúde, com a intenção de servir como um modelo replicável para outras esferas governamentais, contribuindo assim para a humanização dos serviços de saúde.
A Estratégia Antirracista para a Saúde tem como foco principal atender às necessidades específicas das populações quilombolas, negras, indígenas e ciganas, além de minorias como migrantes, refugiados e apátridas. Suas prioridades incluem a saúde da mulher negra, cuidados materno-infantis, saúde mental, educação em saúde, promoção da saúde sexual baseada na diversidade, atendimento integral a pessoas com doença falciforme, representatividade étnico-racial entre os colaboradores da pasta, respeito à diversidade cultural e religiosa, e integração das políticas de saúde com as práticas religiosas indígenas e de matriz africana.
Para alcançar esses objetivos, o Ministério da Saúde planeja promover ações afirmativas que incentivem a diversidade étnico-racial entre seus colaboradores, capacitar as equipes de trabalho, monitorar indicadores raciais nas ações de saúde, direcionar recursos para equalizar os indicadores de saúde e produzir relatórios sobre os impactos das ações implementadas.
Ações para a saúde antirracista e bem-estar das populações quilombolas
Um plano de ação já está em andamento. Durante as discussões, o chefe da Assessoria para Equidade Racial em Saúde, Luís Eduardo Batista, reforçou o compromisso da ministra da Saúde, Nísia Trindade, com as políticas de enfrentamento ao racismo, destacando que tornar a sociedade um espaço de direitos para todos é uma prioridade da gestão atual.
Além disso, está prevista a criação de um grupo de trabalho para planejar ações interministeriais e desenvolver a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Quilombola. Maria das Graças Epifânio da Silva, Coordenadora Nacional do Coletivo de Saúde da Conaq, ressaltou a importância de avançar nas ações, pois o racismo continua sendo uma questão que afeta a saúde e a vida das pessoas.
Fortalecimento das políticas de saúde: estratégia para a diversidade e cuidados
Recentemente, o Governo Federal instituiu o Comitê Técnico Interministerial de Saúde da População Negra, com gestão do Ministério da Saúde e participação das pastas de Igualdade Racial e Direitos Humanos e da Cidadania. O Decreto 11.996/24, que criou o comitê, foi publicado em 16 de abril, no Diário Oficial da União, com a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e das ministras Nísia Trindade e Anielle Franco.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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