Livro sobre impacto do uso de telas na saúde mental de crianças e adolescentes, de 13 a 19 anos, nas redes sociais, causando transtornos mentais.
O momento para o lançamento em terras brasileiras de ‘A Geração Ansiosa – como a infância hiperconectada está causando uma epidemia de transtornos mentais’, divulgado nesta terça-feira (16), não poderia ser mais oportuno. A ansiedade deixou de ser apenas tema de consultas médicas para brilhar nos holofotes da sétima arte.
Agora, mais do que nunca, é crucial discutir abertamente os impactos da ansiedade em nossa sociedade. A inquietação e o nervosismo são sintomas cada vez mais presentes no dia a dia, exigindo atenção e cuidado especial. É preciso estar atento aos sinais e buscar formas saudáveis de lidar com essa realidade desafiadora. infância
Impacto da Ansiedade na Adolescência Hiperconectada
A animação ‘Divertida Mente 2’, que estreou recentemente, ultrapassou rapidamente a marca de US$ 66 milhões em bilheteria, consolidando-se como o maior sucesso de todos os tempos nos cinemas brasileiros. O filme da Disney aborda as emoções que habitam o cérebro de uma jovem de 13 anos, destacando a Ansiedade como um dos principais temas.
O renomado psicólogo americano Jonathan Haidt, em seu livro ‘A Geração Ansiosa’, condensa uma série de estudos que apontam a relação entre o uso das redes sociais e os transtornos mentais em crianças e adolescentes da geração Z. Haidt destaca que os custos de estar nas redes sociais são particularmente elevados durante a adolescência, com benefícios mínimos.
Haidt analisa o período entre 2010 e 2015, quando a vida social dos adolescentes foi profundamente influenciada pela presença constante de smartphones e acesso irrestrito às redes sociais. Ele descreve essa mudança como a ‘Grande Reconfiguração da Infância‘, apontando-a como a principal causa do aumento significativo nos transtornos mentais entre os adolescentes no início da década de 2010.
A chamada ‘geração Z’, composta por jovens que cresceram com smartphones e redes sociais, apresenta índices mais altos de ansiedade, depressão, automutilação e suicídio. Esses problemas afetam especialmente as meninas e pré-adolescentes, com um aumento preocupante nas taxas de suicídio a partir de 2008 nos Estados Unidos, e um crescimento ainda maior na década seguinte.
Haidt destaca que, embora outros fatores possam influenciar a saúde mental dos jovens, o aumento sem precedentes nos índices de ansiedade e depressão entre 2010 e 2015 não pode ser explicado apenas por eventos específicos, como crises econômicas ou desastres naturais. A superproteção no mundo real também é apontada como um fator prejudicial para o desenvolvimento saudável das crianças.
Nesse contexto de adolescência hiperconectada, é essencial compreender e abordar as questões relacionadas à ansiedade e seus impactos na saúde mental dos jovens, visando promover um ambiente mais saudável e equilibrado para as gerações futuras.
Fonte: © CNN Brasil
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